• Falcão Peneireiro-das-Torres (Falco naumanni)

    Aves do Alentejo







Falcão Peneireiro-das-Torres (Falco naumanni)

Em grave declínio, há 20 anos, existiam cerca de 150 casais.

Hoje, o reconhecimento da Zona de Proteção Especial (ZPE) de Castro Verde, a colaboração dos agricultores locais, que mantiveram ou adotaram culturas de sequeiro e pastoreio tradicionais (técnicas amigas do Ambiente), a colocação de ninhos em Montes de taipa abandonados; entre outras; permitiram o desenvolvimento de novas colónias no Concelho de Castro Verde.

Falcão Peneireiro-das-Torres (Falco naumanni): o perigo que, ainda, os ameça

Apesar do seu franco desenvolvimento, o perigo espreita entre a arborização (culturas superintensivas de olival) que vem evadindo uma das principais colónias. Toda a zona envolvente, integra o Campo Branco, considerado Reserva da Biosfera da UNESCO; pelo que, estas culturas que surgiram, após a sua classificação, não fazem sentido e põem em causa a flora, a fauna e abandonam técnicas ancestrais que permitem a grande concentração e recuperação de aves em vias de extinção (abetardas, sisão, rolieiro, picanço, falcão peneireiro-das-torres…).

Os pesticidas, a destruição da planície e da sua flora poderão pôr em risco não só esta ave, mas todas as que, nos últimos anos, graças aos esforços efetuados, se têm sentido em casa no Concelho de Castro Verde e caminhado no sentido contrário a “espécie em vias de  extinção”.




Colónias de Falcão Peneireiro-das-Torres

O Concelho de Castro Verde é, sem dúvida, um dos melhores concelhos para a observação de aves.

Existem várias colónias de Falcão Peneireiro-das-Torres no Concelho; sendo a mais conhecida, a que se situa na antiga estação ferroviária de Casével.

O local ideal (com o máximo respeito pelo meio envolvente e sem interferir nos hábitos das espécies que aqui coabitam) para obter algumas fotos. No entanto, o Falcão Peneireiro-das-Torres é, hoje, facilmente, visível nos céus de Castro Verde.

Falcão Peneireiro-das-torres

Promova o bem-estar das aves e do seu ambiente

  • Ponto 1

    Deve permanecer, em absoluto silêncio, a uma distância confortável para o animal.

  • Ponto 2

    Lembre-se: são proibidos quaisquer ruídos para atrair as aves.

  • Ponto 3

    Evite causar stress ou expor as aves ao perigo, comporte-se de forma cuidadosa quando em atividade de observação, fotografia, gravação sonora ou filmagem.

  • Ponto 4

    “Veja sem ser visto” – camufle-se com a Natureza. A sua presença vai interferir com os hábitos, diários, das aves. Privilegie o uso de roupas com cores crípticas para se camuflar. Há uma maior probabilidade de não interferir com o comportamento natural da ave e de a observar por um maior período de tempo se estiver devidamente camuflado;

  • Ponto 5

    “Traga tudo o que levou; deixe tudo o que encontrou (com excepão para o lixo: seja Plogger“).

  • Ponto 6

    Mantenha a distância adequada de ninhos, colônias de nidificação e dormitórios; esconda-se aproveitando as coberturas naturais.

  • Ponto 7

    Saiba que a sua presença terá algum impacto na atividade no bem-estar das espécies: permaneça, no local, o mínimo tempo possível.

  • Ponto 8

    Permaneça nos trilhos ou percursos estabelecidos.

  • Ponto 9

    Limite o uso de flash para registo audiovisual e não utilize lanternas de alta intensidade para observar aves noturnas.




Peneireiro-das-torres (Falco naumanni); Casével; Concelho de Castro Verde; Alentejo

O reconhecimento da Zona de Proteção Especial (ZPE) de Castro Verde, a colaboração dos agricultores locais, que mantiveram ou adotaram culturas de sequeiro e pastoreio tradicionais (amigas do Ambiente), a colocação de ninhos em Montes de taipa abandonados; entre outras; permitiram o desenvolvimento de novas colónias (Peneireiro-das-torres (Falco naumanni): no Concelho de Castro Verde.

Falcão Peneireiro-das-Torres (Falco naumanni) ou Francelho: curiosidades

  • O peneireiro-das-torres ou francelho (Falco naumanni), é um falcão da família Falconidae, que tem como características garras brancas, cabeça cinzenta lisa, dorso liso e uma faixa cinzento-azulada no dorso.

  • Dimensões: 29-32 cm de comprimento.Envergadura: 58–72 cm de comprimento.Peso: Até 200 gramas.
  • O pequeno falcão migratório que apresenta dimorfismo sexual a nível da plumagem. Os machos apresentam tons azulados na cabeça, cauda e asa, dorso de cor castanho intenso e peito bege com pintas negras. A fêmea e os juvenis têm dorso castanho avermelhado, salpicado de preto; cauda com faixas preto acastanhados bem demarcadas. No fim do primeiro ano de vida já se diferenciam fêmeas e machos.
  • Regime alimentar: o peneireiro-das-torres caça, maioritariamente, em terrenos abertos, onde acede às presas com maior facilidade. Alimenta-se, de insectos – gafanhotos, escaravelhos e grilos-ralos – e outros invertebrados como aranhas e centopeias. Os vertebrados também fazem parte do seu regime alimentar, mas em menor percentagem; por exemplo: ratos, lagartixas e. mais raramente, pequenos pássaros.
  • A espécie é monogâmica; compete por locais com bons recursos alimentares e de nidificação para melhor atração das fêmeas. Nidificam em habitações agrícolas velhas e ao abandono, paredes e muros de taipa, onde aproveitam as cavidades para fazer o ninho.
  • Aquando da postura dos ovos a fêmea não abandona o ninho, sendo alimentada pelo macho. Põe de três a cinco ovos que são incubados pelos dois membros do casal. O período de incubação é de 28 dias.
  • As crias nascem cobertas de penugem branca. Aos 20 dias já têm pequenas penas e uma semana depois estão prontas a voar.
  • O Falcão Peneireiro-das-Torres ou Francelho escolhe territórios com determinadas características para nidificar: clima com certa aridez, zonas abertas, planas ou ligeiramente onduladas, com cobertura vegetal fraca, habitações abandonadas ou paredes rochosas.




Rotas em Castro Verde

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Guida Brito
Author: Guida Brito

Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planície ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito

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