
Monumento Nacional desde 1922 (decreto-lei n.º 8518 de 30 de setembro de 1922 J. M. S.9), a Igreja de Nossa Senhora das Salas encontra-se aberta ao público- com o seu tesouro disponível para visita.
Com uma bela panorâmica sobre a baía e sobre o Porto de Pesca, a Ermida da Nossa Senhora das Salvas é um lugar imperdível, na sua viagem por Sines.
A princesa grega Betaça (ou Vetaça) Lescaris viajou, de barco, para Portugal com o intento de se tornar dama de honor da Rainha D. Isabel. Um suposto milagre ocorrido durante a viagem, leva-a a, numa ação de graças, mandar construir uma modesta ermida, de uma só nave. O ocorrido é transmitido de “boca em boca” e dá origem a uma intensa peregrinação ao local.

Fonte da Dona Betaça- princesa grega que veio para Portugal servir de Dama de Honor a D. Isabel. Em território português, salva-se de uma grande tempestade. Cumpre o prometido, em hora de aflição, e manda construir a Ermida de Fonte da Dona Nossa Senhora das Salvas e a fonte que a ladeia.
Ao longo da sua história, foi alvo de reedificações e modificações.
Vasco da Gama, filho de Sines, manda-a reedificar de raiz, após o grande feito da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia; uma decisão algo conflituosa, a Ordem de Santiago, pouco feliz com o nosso marinheiro, opôs-se a esta decisão. Contudo, a ermida é concluída; com evidentes traços manuelinos, são colocadas junto do portal duas lápides que reforçam a posição do Gama: “Esta Casa de Nossa Senhora das Salas mandou fazer o muito magnífico senhor Dom Vasco da Gama, Conde da Vidigueira, Almirante e Vice-rei das Índias”.
No séc XVII, volta a ser alvo de obras. A intervenção mais significativa foi a instalação, na capela-mor, de um retábulo de talha dourada. A ermida possuiu casas próprias para os romeiros e para a habitação do ermitão; a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais demoliu-os em 1961-62.
É Monumento Nacional desde 1922.