• Ao Lar

    Expressões Alentejanas (rural;Sines)

    Linguiças; Ao Lar; Expressões Alentejas: Alentejo




Jantar; Ao Lar; expressões Alentejanas; Alentejo

Ainda o sol se escondia lá atrás na montanha e já a mãe acendia a lareira!

Era “ao lar” que a mãe começava o dia

Era “ao lar” que a mãe começava o dia. Muito, muito cedo!

Ainda o sol se escondia lá atrás na montanha e já a mãe acendia o lume!

O lume era a luz que, junto com o candeeiro a petróleo, iluminava as nossas manhãs!

Toucinho; Ao Lar; Expressões Alentejanas; Alentejo; AlentejoTurimo

Quando eu acordava, já a mãe estava “ao lar”! Já tinha a panela de barro aoSave lume com o feijão e o toucinho,; ao lar.

Já tinha a panela de barro ao lume com o feijão e o toucinho

Quando eu acordava, já a mãe estava “ao lar”!

Já tinha a panela de barro ao lume com o feijão e o toucinho, que havia de ferver até perto do meio dia e aos quais ela juntaria a couve acabada de arrancar da terra.

A couve que eu adorava ver a mãe arranjar e “migar” para dentro da panela, da qual sobrava o talo que eu comia como se fosse um doce.

“Ao lar” estavam as cadeiras baixas, em tons alentejanos: verde, azul, amarelo e vermelho.

Ao Lar

“Ao lar” estavam as cadeiras baixas, de madeira meio tosca, pintada de verde, com fundo de palhinha, das quais a menor era a minha.

Era ali no quente do lar que eu me sentava, na tal cadeira.

Ali, tomava o pequeno almoço e a mãe me penteava e fazia as duas trancinhas, antes de eu partir na grande caminhada para a escola.

“Ao lar” a mãe tinha outra panela grande cheia de água que ,depois de ferver, se afastava um pouco das brasas e se mantinha quente o dia inteiro, para as mais variadas lides da casa.

Os banhos, a loiça, ou as sopas de pão que quase diariamente se punham na mesa.

Lareira alentejana; Ao Lar; Expressões Alentejanas; Alentejo

Era ali “ao lar” que tudo acontecia

Depois anoitecia e, ali ,“ao lar”, a mãe contava histórias maravilhosas

Quando eu regressava da escola, nos dias frios de inverno, sentava-me “ao lar” e aquecia os pés e as mãos geladas e quando a chuva nos apanhava na grande caminhada, ali se secava a roupa e as botas molhadas.

Depois anoitecia e, ali ,“ao lar”, a mãe contava histórias maravilhosas e o pai, muitas vezes, adormecia derrotado pelo cansaço da “labuta”.

Era ali “ao lar” que tudo acontecia.

Escritora: Ana Brissos/2021



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Guida Brito
Author: Guida Brito

Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planície ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito

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