A igreja situa-se na Rua D. Afonso I e junto à praça principal da vila; o local é muito bonito; é palco de atuação de muitos grupos (responsáveis pela recuperação do património oral e etnográfico) e outros eventos com forte cariz cultural
Cruza-se com o imaginário da Batalha de Ourique
Segundo a informação disponibilizada pelo Município de Castro Verde:
“A Igreja das Chagas do Salvador, vulgarmente designada de Nossa Senhora dos Remédios (por alusão à fama de milagreira que alcançou uma imagem da Virgem, de roca, oferecida por um devoto, em 1630), é de fundação medieval e a sua história cruza-se, igualmente, com o imaginário criado em torno da Batalha de Ourique, tendo o templo sido instituído, segundo a lenda, por voto de D. Afonso Henriques após a vitória que alcançou sobre os cinco reis mouros. Sabe-se que o edifício se encontrava arruinado em inícios do século XVII, tendo o rei Filipe III autorizado a sua reconstrução, em 1621, afetando-se, para esse efeito, o rendimento dos terrádegos da Feira de Castro Verde.
A igreja filipina, cujas obras se prolongaram por largos anos, é um edifício de feição maneirista, de nave única, capela-mor desenvolvida, torre sineira e fachada bem proporcionada. O interior integra elementos de diferentes épocas, surgindo, a par dos altares barrocos e de imaginária religiosa seiscentista e setecentista, painéis azulejares de figura avulsa e telas historiadas sobre o tema do Milagre da Batalha de Ourique, realizadas por Diogo Magina, entre 1763 e 1767. Em 1811, por ameaçar ruína a capela-mor, e em 1867, por ter abatido a sua abóbada, verificaram-se obras de restauro e de reconstrução, que teve a intervenção, no primeiro caso, do pintor Pardalinho de Beja.”