• A mostarda

    Anedotas alentejanas

    As brancas e as pretas - anedotas alentejanas.






Nossa Senhora de Araceli; Concelho de Castro Verde; Alentejo; Turismo

Em pleno Campo Branco, além da magistral paisagem, visível do alto do monte, apresenta-se como local privilegiado para a observação das aves estepárias – Nossa Senhora de Araceli; Concelho de Castro Verde; Alentejo.

A mostarda

Um Alentejano, de Castro Verde, vai jantar ao Restaurante. É servido com uma bela e saborosa bifana. Na sua mesa, não há mostarda. Na mesa ao lado, uma jovem, sozinha, janta calmamente.  Ele levanta-se, inclina-se e pede delicadamente:

– Desculpe incomodá-la. Dá-me licença que leve a mostarda?

-É lamentável o que me está a propor! – Grita a jovem – o senhor não tem vergonha?

Todo o restaurante se vira para eles; ouvem-se algumas palavras difíceis de se explicar.  O Alentejano, vermelho como um tomate, envergonhado, fala-lhe, muito nervoso:



Primavera; Alentejo

Primavera; Alentejo

– A senhora percebeu mal. Eu, apenas, quero a mostarda…- O senhor é um ordinário! Como ousa dirigir-me tais palavras? Que falta de educação!

O Alentejano volta para a sua mesa, observado, severamente, por toda a gente.
A jovem paga a sua despesa, vai á mesa do alentejano e diz-lhe, em voz baixa:
-O senhor desculpe a minha atitude. Sou socióloga e estou a preparar uma tese sobre a reação dos homens perante uma situação embaraçosa, na presença de público. Eu fiz-lhe este teste e espero que não fique a pensar mal de mim…

O Alentejano grita:

– O Quê? 500€? Mais o Hotel?! Você não vale tanto…

 

 

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Guida Brito
Author: Guida Brito

Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planície ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito

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