
Author: Guida Brito
Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planície ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito
Os dois porcos; anedotas alentejanas
Os dois porcos
Dois alentejanos que vão à feira de Castro Verde e compram dois porcos, um para cada um. Chegam à aldeia, colocam os dois porcos na mesma pocilga, no regréssimo.
Anoitece; um dos compadres pensa: “ Os porcos estão na mesma pocilga. Temos que lhes fazer um sinal para saber qual é o porco de um e o porco do outro.”
No dia seguinte, a meio da manhã, vai ter com o compadre e diz-lhe:
– Compadre, temos que fazer um sinal aos porcos, para saber qual é o porco de um e o porco do outro!
– Tem razão, compadre.
No dia seguinte, encontram-se. Diz um para o outro:
Os dois porcos; anedotas alentejanas.
– Então? Compadre, já fez o sinal ao porco?
– Já, sim senhor! Cortei-lhe metade do rabo.
– Oh! Compadre, você sabe que eu fiz o mesmo ao meu?! O que fazemos??
– Não há problema, compadre! Fazemos outro sinal.
No dia seguinte:
– Bom dia, compadre! Qual foi o sinal que fez, desta vez, ao porco?
– Olhe! Compadre, estava sem ideis, lembrei-me e cortei-lhe metade da orelha direita!
– Oh! Compadre, você sabe que eu fiz o mesmo ao meu? Isto é muito complicado.
– Olhe! Deixe lá isso, você fica com o branco que eu fico com o preto!
Anedotas alentejanas
As brancas e as pretas – anedotas alentejanas.