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Author: Guida Brito
Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planÃcie ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito
As brancas e as pretas – anedotas alentejanas.
As pretas e as brancas
Um lisboeta, em passeio pelo Alentejo, encontra um pastor a guardar o seu rebanho de ovelhas. Mete conversa com ele e pergunta:
– Então! Amigo, essas ovelhas devem dar boa carne…
Responde o pastor:
– Depende… Está falando das brancas ou das pretas?
– Não interessa… pode ser das pretas!
– Ah… as pretas dão boa carne, sim senhor!
– Então e as brancas?
– Também!
 A lã deve ser muito boa…
– Depende.. está falando das brancas ou das pretas?
– Olhe! Das brancas.
– Ah… sim senhor, a lã é muito boa!
– Aà é? E então as pretas?
– Também!
O lisboeta pensou que o pastor estava a gozar com ele. Zangado com a conversa, pergunta:
– Porque é que você pergunta, sempre, se são das brancas ou das pretas?
Resposta do pastor:
– Não leve a mal! Sabe?  As pretas são minhas.
– Aà é? E as brancas?
– Também!