
Alentejoturismo.pt orienta-o de forma a que desfrute de um Alentejo secreto: genuíno e pleno de sabores e sentires. Lá onde a vista não alcança (na imensidão da planície, nos recortes da sua costa, na gastronomia caseira, na fantástica literatura popular, na rica etnografia… no cante) há um Alentejo desconhecido onde a tradição e os costumes, inalterados, vivem em perfeita comunhão com a Natureza.
Uma história que em beleza faz jus à aldeia
O alentejoturismo.pt foi descobrir as razões e as memórias da referência insólita: “Aldeia Comunitária dos Aivados”.
Encantou-se com as histórias, as gentes (afáveis e comunicativas) e o deslumbrante povoado.
Embora não suportada documentalmente, a população mantém a versão que uma rica aristocrata, Maria de Lemos, deixou à aldeia as suas terras por não possuir herdeiros.
A primeira referência documentada que atribui a Herdade dos Aivados aos habitantes: data de 1562.
Ao longo da história há muitas tentativas de tomada de posse ilegal das terras e dificuldades no reconhecimento de tão insólito herdeiro: o Povo dos Aivados (moradores que vivam nos Aivados, há mais de um ano, e não detenham residência noutra localidade).
Após o 25 de abril de 1974, a povoação recuperou as terras- facto confirmado por decisão do Supremo Tribunal de Justiça, em 1991.

A beleza esmagadora e a paz inebriante vão “obrigá-lo” a uma introspeção, a um abandono do supérfluo, a uma demanda fácil da felicidade.
Herdade dos Aivados – 400 hectares de terras
São geridas por uma comissão, eleita de 3 em 3 anos, e a população obtém “ a esgôla” (contribuição em dinheiro, pelo natal); lenha; descontos na aquisição de borregos, na Páscoa; direito a ter uma horta na herdade; livros escolares…
As memórias, que contam a história, estão descritas num museu da localidade: O Núcleo dos Aivados – Aldeia Comunitária, do Museu da Ruralidade.
Para o visitar, necessita telefonar para o número inscrito na porta.
Caso não seja atendido, não se acanhe: peça ajuda e “bata” de porta em porta (a maioria das casas não possui campainha, utilize os batentes ou os nós dos dedos para chamar o morador).

Da Herdade dos Aivados fazem parte 400 hectares de terras. São geridas por uma comissão, eleita de 3 em 3 anos, e a população obtém “ a esgôla” (contribuição em dinheiro, pelo natal); lenha; descontos na aquisição de borregos, na Páscoa; direito a ter uma horta na herdade; livros escolares…
O povoado integra-se na traça do Alentejo interior:
– casas caiadas, apenas com um piso térreo, paredes grossas e com poucas aberturas, adornadas por barras coloridas;
– proliferam pelas ruas, na frente das casas, os bancos onde, num afeto mesclado de curiosidade, se quebra a solidão da vizinha e cumpre o assento nas quentes noites de verão;
– ruas limpas e lavadas, envaidecidas com vasos de flores;
– chaminés que evidenciam a existência de cozinhas alentejanas ( o lugar mais importante da casa – é por debaixo da sua abóbada que as famílias se reúnem e onde, ainda, se curam os enchidos); muitas são adornadas com cata-ventos ( verdadeiras obras de arte);
– os cata-ventos proliferam no Aldeia Comunitária dos Aivados.
Imperdível
- Passeio a pé pela localidade;
- poço público;
- o Núcleo dos Aivados – Aldeia Comunitária, do Museu da Ruralidade;
- as povoações vizinhas (Casével, Estação de Ourique, Almeirim…);
- tomar café no café do Largo General Humberto Delgado e conviver com a população local ;
- participar na procissão de São Miguel, em Maio.
Festividades e romarias
- Romaria de São Miguel (2º fim de semana de maio);
- aniversário do museu dos Aivados – Museu da Ruralidade. (20 de janeiro).