Campaniça Trio-Pedro Mestre, David Pereira e Zé Diogo Bento- um grupo com sentido nas memórias do povo alentejano- Feira de Castro 2017

Homens com guitarra campaniça no palco.

Trio Campaniça

“Apresentam-se como trio”- li algures. E, por muito que pesquise, nada mais se encontra de um grupo que, sendo mesmo três, são únicos na beleza recuperada de um Alentejo quase esquecido.

Eles não cantam: encantam. Há muito que ansiava confirmar, ao vivo, a brisa ligeira das vozes que correm e enaltecem o som, tocado e cantado, das gentes da minha terra.




Homens com instrumento musical- guitarra campaniça.

Trio Campaniça- Feira de Castro 2017

Afeto sorridente

É impossível não amar: num afeto sorridente (brincalhão e atrevido) escrevem as memórias dos mais velhos no presente de uma juventude que as orgulha e gosta; aferindo-lhe o anseio do saber e muito mais. Pela mão do seu mentor (Pedro Mestre) recuperam tudo o que distingue, ao longo dos tempos, o Ser alentejano do Ser de qualquer outro lugar do mundo.

Da viola campaniça, ao despique, aos bailes de roda, às modas, aos ditos, ao cante… à recuperação de um rico património oral de outrora; não há nada que lhes escape e resgatam o que é isto do Ser alentejano.




Homens com guitarra campaniça. no palco.

Trio Campaniça

 Trio Campaniça

Ao som de uma sonoridade única (instrumental e vocal) vão gracejando palavras tão nossas que o público os abraça num Alentejo sentido.

É com pureza que: “lamentam que as formigas de asas não tenham ido à feira de Castro” e fazem suas expressões dos tempos que já lá vão.

 Transportam ao presente a capacidade de sorrir daqueles que, numa vida tão dura e áspera, venceram pelo desbravar de caminhos que nos permitem o Ser de hoje.

De um repertório imenso, a minha preferência vai para “Adeus ò feira de Castro”; talvez porque explica o motivo porque estes jovens têm a “as unhas de pau gasto e as bordas do sim senhor ardendo”. É obrigatório ouvir e partilhar.

Guitarra Campaniça no palco.

Guitarra Campaniça

Adeus ó feira de Castro

Adeus ó Feira de Castro

Que já te fico conhecendo

Levo as unhas de pau gasto

E as bordas do cu ardendo

Foi uma cantiga cantada

Pelo coxo de Alfundão

Uma noite num serão

Às quatro da madrugada

Na caixa não tinha nada

E o tempo corria áspero

Com muitas nuvens no astro

Sem ter casa nem guarida

Faço a minha despedida

Adeus ò Feira de Castro

A Joséfinha coitadinha

Tocava a sua guitarra

Sempre metida na farra

Uma noite inteirinha

Não vejo que sou ceguinha

É por isso que estou sofrendo

Mas apesar de não estar vendo

A feira estou a sentir

E por tantos anos cá vir

Mas apesar de não estar vendo

A feira estou a sentir

E por tantos anos cá vir

Já te fico conhecendo

E o Matias que também andava

Nesta dita companhia

Da Joséfinha era o guia

Que pela mão a levava

Tudo gente que cantava

Naquelas casas de pasto

Partiram sem deixar rasto

Alunos da mesma escola

E com tanto tocar viola

Levo as unhas de pau gasto

Com o cante no sentido

Já chegou o Zambujeira

Sentou-se numa cadeira

Ficou no grupo metido

Ali ficou entretido

Foi cantando e foi bebendo

Pelo jeito que estou vendo

Vou ficando embriagado

E com três dias assentado

E as bordas do cu ardendo

Manuel Martins Mira



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Guida Brito
Author: Guida Brito

Apaixonada pelo Alentejo; escrevo-o de forma sentida e vivida. Abraço e acarinho a simplicidade e a pureza de ser dos meus avós e do meu Pai: é esse o Alentejo que vos conto; o que se esconde entre as flores da primavera e o cheiro das primeiras chuvas. Escrevo o ultimo reduto, o recanto por desbravar; o encanto da ancestralidade que permanece pura e proba no dourado da planície ou nos recortes do litoral. Escrevo: os poejos, a açorda, a janela, a soleira, o cata-vento, a chaminé, o rio, a primavera… escrevo gentes nobres; escrevo o banco da rua; escrevo as tabernas … escrevo lugares; escrevo a simplicidade; escrevo amor. AlentejoTurismo é um sonho; é um conto de uma história real contada no sentar ao fresco, na brandura das quentes noites de verão. AlentejoTurismo é transmissão de conhecimento que o orienta num Alentejo por desbravar. Com carinho. A autora: Guida Brito

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