A Aldeia- assim a referiam, os seus habitantes, nos meus tempos de estudante. Mais tarde soube-lhe o nome mas só agora, passados muitos caminhos, regressei ao local que sempre ouvira.
Calma, simpática, charmosa e afável recebe-nos numa simpática praça: o centro da aldeia.
O local onde se sabe os azares da vizinhança (imagino eu- sendo esta uma aldeia tipicamente alentejana).
Ruas limpas, casas brancas debruadas no colorido das cores ocres e outros pigmentos dão de beber ao olhar.
Em tempos que já lá vão, misturavam-se os pigmentos com a cal. Com este colorido pintavam-se as barras das casas e a parte superior da cozinha- evitava o negrume causado pelo fumo da fogueira; a parte inferior, como sabem, era caiada a branco no madrugar de todos os dias.
Falemos da Aldeia. Não encontrei os amigos de outrora- para muita pena minha. Encontrei um Alentejo de ruelas encantadoras; umas escavações impedidas de saber o passado (a sua continuação carecia que a igreja e o cemitério fossem profanados); uma igreja de uma beleza surpreendente; e, um lugar onde apetece voltar.
Dista 13 km de Castro Verde, a sua sede de Concelho, e os seus campos são de encantar.