Lagoa de Santo André
A Lagoa de Santo André, ali mesmo ao lado de Santiago do Cacém, de Sines e da Comporta, será sempre a praia das areias onde primeiro escrevi o nome de alguns amigos e de um ou outro amor de verão.
Mas há mais; foi também naquele mar que sempre me tratou bem que tive a fortuna, irrepetível até ao presente, de nadar junto de um grupo de golfinhos roazes e de me ter sentido verdadeiramente abençoado com o mágico bailado proporcionado por estes (ainda hoje estou convencido que alguns sorriram para mim) – costumo dizer que foi o meu totoloto.
Mas isso foi num século que em nada se parece com este.
A caminho da Lagoa de Santo André
E por isso mesmo, hoje decidi pegar na mota e partir tranquilamente em direção a um dos meus locais de eleição. A lagoa.
A primeira paragem é no Centro de Interpretação do Monte do Paio – é sem dúvida o melhor ponto de partida para recolher todas as informações úteis e, oferece uma vista panorâmica sobre a Lagoa de Santo André que nos liga imediatamente ao local.
A faixa marítima adjacente é no mínimo um irrecusável convite à contemplação.
A Reserva Natural das Lagoas de Santo André (com 500 hectares – é a maior lagoa do litoral alentejano) e da Sancha (15 hectares) é de enorme importância ecológica, tendo em conta não só as duas zonas húmidas e ímpares, mas também as suas áreas envolventes, da qual faz também parte, o famoso cordão dunar que as separa do oceano.
A faixa marítima adjacente é no mínimo um irrecusável convite à contemplação.
A existência de água doce e salobra permite a existência e respetivo equilíbrio de diversificados ecossistemas aquáticos, constituídos por pequenas áreas de sapal, salgueirais, caniçais, juncais e pastagens aquosas.
Este magnifico cenário natural é também um local (termo arcaico para spot) perfeito para um infindável número de aves como a elegante garça-vermelha ou o colorido pato de bico-vermelho – a presença destas e outras espécies permite momentos de rara beleza quer aos ornitólogos quer aos observadores de aves.