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Atubras – trufas alentejanas

Conhece as atubras ou trufas alentejanas dos concelhos de Mértola e de Castro Verde? Descubra os segredos que são mantidos no seio familiar, no Alentejo

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Nossa Senhora de Araceli; Concelho de Castro Verde; Alentejo; Turismo

Ermida de Nossa Senhora de Aracelis ou Ara_Celli: a ermida situa-se em dois concelhos: a igreja integra o Concelho de Castro Verde e o seu adro o Concelho de Mértola – Nossa Senhora de Araceli; Concelho de Castro Verde; Alentejo; Turismo.

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Concelho de Mértola; Alentejo; Portugal; AlentejoTurismo

Viajar no tempo e redescobrir os vestígios da ocupação islâmica: descubra Mértola, a vila medieval.O rio Guadiana, as ruas empedradas, a colina rochosa…

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Lince_ibérico (Lynx pardinus); Alentejo; Portugal; AlentejoTurismo

Rota do Lince-Ibérico: os percursos pedestres e os centros de observação concedem um elevado potencial de avistamento. Rota aconselhada por AlentejoTurismo. Lince-ibérico fotografia: Carlos Nunes – www.cnfoto.pt

Concelho de Mértola; Alentejo; Portugal; AlentejoTurismo

Desde as origens que Mértola teve importantes condições de defesa, implantando-se num alto rochosos na confluência da Ribeira de Oeiras com o rio Guadiana. Os inícios da fortificação encontram-se na época islâmica, período em que a cidade foi um importante porto fluvial entre Mérida e o Atlântico; Concelho de Mértola.

As Freguesias

O Concelho de Mértola está dividido em 7 freguesias:

  • Alcaria Ruiva
  • Corte do Pinto
  • Espírito Santo
  • Mértola
  • Santana de Cambas
  • São João dos Caldeireiros
  • São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Solis e São Sebastião dos Carros
Campos na primavera – atubras ou trufas alentejanas - concelho de Mértola - Alentejo

Em plena primavera, os campos estão mesclados de tons que contrastam e dão vida ao azul do céu: o passeio (de muitos quilómetros a pé) revela-se magnânimo; atubras ou trufas alentejanas; Alentejo.

Parque Natural do Vale do Guadiana

Uma região classificada como Parque Natural do Vale do Guadiana plena de história e de registos, únicos, da presença do homem ao longo dos milénios.

O rio, os vales, os planaltos, as planícies, a fauna, a flora, a gastronomia, as gentes constituem uma riqueza natural insólita. Um território onde a presença humana pouco se faz sentir, proporcionado o contacto com a Natureza no seu esplendor (sobretudo espécies arbustivas pioneiras e aves rupícolas).

De entre as várias ribeiras afluentes do Guadiana, destaque para a ribeira do Vascão pela qualidade das suas águas.

Durante o verão, os banhos no rio ou na praia fluvial garantem um dia bem passado e o refrescar das altas temperaturas. O concelho de Mértola é serra, é planície, é banho de rio, é história, é natureza, é gastronomia…

Imperdível

  • Mértola;
  • Rota do Lince-Ibérico
  • Mundo e Malva: uma história de Amor
  • Lince-ibérico (Lynx pardinus)
  • Igreja de Nossa Senhora da Anunciação;
  • Castelo de Mértola;
  • Casa Romana – Núcleo Romano;
  • Museu de Mértola;
  • Basílica Paleocristã de Mértola;
  • Pomarão;
  • Cooperativa Oficina de Tecelagem de Mértola;
  • Centro Histórico de Mértola,
  • Museu de arqueologia de Mértola – campo arqueológico;
  • Pulo do Lobo;
  • passeios de barco no rio Guadiana;
  •  caminhadas ao longo dos trilhos;
  • Santana Cambas: histórias da mina, do rio e do contrabando;
  • Serra Alcaria Ruiva;
  • Mina de S. Domingos: rota do Minério;
  • Praia Fluvial da Mina de S. Domingos;
  • montes e pequenos aglomerados populacionais: Penilhos, Alcaria Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo, São João dos Caldeireiros, São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Solis,  São Sebastião dos Carros …
  • visite a Primavera;
  • Nossa Senhora de Aracellis;
  • Azenhas do Guadiana: praia fluvial:

O que comer?

Sabores únicos e centenários que têm como base o pão, plantas do campo, o peixe do rio, carne de borrego, túberas, amanita ponderosa, e a carne de porco:

  • linguiças, chouriços e paios;
  •  ovos com espargos;
  • migas de pão com espargos;
  • ovos com túberas;
  • amanita ponderosa, conhecido por silarca ou tortulho, grelhadas com sal;
  • caracóis;
  • sopas de peixe do rio;
  • açorda de ovas de saboga;
  • muge frito com arroz de tomate;
  • ensopado de enguias;
  • arroz de lampreia;
  • tomatada de ovos;
  • gaspacho;
  • pratos de caça: perdiz de escabeche, coelho-bravo frito com um toque de tomilho, lebre com feijão branco;
  • queijinhos de cabra e ovelha (destacam-se os queijinhos preservados em sal);
  • azeitonas pretas e “verdeais”;
  • os célebres jantares (cozido de leguminosas que se comia ao almoço) acompanhados de sopas de pão – jantar de chícharo, jantar de lebre com feijão branco, jantar de azeite, jantar de tangarrinhas,  jantar de grãos, jantar de acelgas
  • açorda;
  • ensopado de borrego;
  • carnes de porco preto, secretos, lagartos ,
  • pão;
  • doçaria regional alentejana.

Festividades e romarias

  • Festas da Vila de Mértola – durante 10 dias, iniciam-se na segunda quinzena do mês de junho;
  • Feira da Caça de Mértola – no mês de outubro
  • Festival Islâmico – terceiro fim de semana de maio (atrai, anualmente, milhares de turistas).

Fauna

  • Dada a pouca humanização da paisagem, se percorrer os trilhos assinalados, é o concelho ideal para observar quer a fauna, quer a flora.
  • O Parque Natural Vale do Guadiana pertence à Rede Nacional de Áreas Protegidas que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas tem sob a sua alçada. Sobre o mesmo território foram ainda declaradas duas áreas classificadas no âmbito da Rede Natura: a Zona de Proteção Especial (ZPE) do “Vale do Guadiana” ZPE de Castro Verde; o Sítio “Guadiana” incluído na Lista Nacional de Sítios e Sítio Ramsar para a Ribeira do Vascão.
  • Durante as caminhadas, pode observar aves rupícolas: águia imperial Aquila adalberti, a águia-real Aquila chrysaetos, a águia de Bonelli Hieraaetus fasciatus, o bufo-real Bubo bubo ou o grifo Gyps fulvus.
  • São, ainda, observáveis as aves estepárias:  a abetarda Otis tarda, o sisão Tetrax tetrax  e o cortiçol-de-barriga-preta Pterocles orientalis.
  • Destaque, na vila de Mértola, para a única colónia de peneireiro-das-torres Falco naumanni que  persiste em meio urbano.
  • . O andorinhão-cafre Apus caffe é uma presença regular na zona da Mina de S. Domingos.
  • Há pelo menos 20 espécies, sendo de evidenciar: a cobra-de-pernas-pentadáctila Chalcides bedriagai (espécie rara) e que se restringe à Península Ibérica e a cobra-de-água-de-colar Natrix natrix,
  • O cágado-de-carapaça-estriada Emys orbicularis- espécie muito rara.
  • A invulgar osga-turca Hemidactylus turcicus.
  • Raposas, lebres, perdizes, javalis, coelhos…
  • Destaca-se a presença do Lince Ibérico, na região.

Flora

  • A paisagem do Parque Natural é composta por uma flora tipicamente mediterrânica;
  • loendro Nerium oleander;
  •  a tamargueira Tamarix africana;
  • o tamujo Myrsine retusa;
  • estevas Cistus ladanifer ;
  • zimbros Juniperus communis;
  •  o rosmaninho Lavandula stoechas;
  •  o alecrim Rosmarinus officinalis;
  • a erva-ursa Thymus mastichina;
  • a murta Myrtus communis;
  • o poejo Mentha pulegium;
  • o trevo- peludo de-quatro-folhas Marsilea batardae;
  • os narcisos Narcisus fernandesii;
  • espargos silvestres;
  • acelgas silvestres;
  •  destaque para várias espécies de orquídeas:  como a flor-abelha Ophrys tenthredinifera, a neotínea-malhada Neotinea maculata, a serapião-de-língua-pequena Serapia parviflora, ou a testículo-de-cão Orchys morio ssp champagneuxii; 
  • na zona da Mina de S. Domingos o destaque vai para a Erica Andevalensis, uma planta endémica da Faixa Piritosa Ibérica que, apenas está identificada na área mineira de São Domingos em Portugal e Rio Tinto em Espanha;
  • cogumelos comestíveis: Amanita ponderosa conhecido por silarca ou tortulho;
  • trufas brancas: túberas, tubras ou criadilhas (Terfezia spp).