Assento nas noites de verão, conta histórias da monda, da ceifa e dos verdes trigais.
Conta a azáfama de um povo que cresceu e comeu do campo. Conta lendas e histórias de encantar.
Conta namoros e a vida da vizinha.
No seu postigo, namorava a filha e vislumbrava-se o regresso do homem da casa, após a labuta da terra ou do copo na taberna.
“Sai da janela, põe a mesa que o teu pai vem aí”- eram umas das poucas palavras que, na época, revelavam efeito imediato.
A porta faz parte da história de todo um povo e, ainda hoje, entre lascas de tinta se vislumbram as tantas e tantas cores que encerram na memória.
Com as suas molduras coloridas (as mais comuns: cores ocre e azul) pintam a beleza na inconfundível arquitetura alentejana.